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Atividades de radioisótopos administradas em medicina nuclear e proposta de nível de referência em diagnóstico (DRL) para pacientes adultos e pediátricos no Brasil

Introdução

Desde a descoberta dos raios X em 1895, as radiações ionizantes têm sido amplamente utilizadas em diferentes segmentos da sociedade, principalmente nas áreas científica e médica. Estima-se que o número de exames radiológicos cresça a uma taxa anual de 10% enquanto este valor para a área de Medicina Nuclear é de 5%, crescimento marcado na última década pela introdução e difusão de exames de PET/CT(1,2,3). Associado a este crescimento, encontra-se um aumento significativo das exposições de pacientes e seus familiares, profissionais de saúde e meio ambiente. Uma das ferramentas úteis para o controle e redução das exposições é o estabelecimento de níveis diagnósticos de referência, conhecidos internacionalmente como DRL (Diagnostic Reference Level), o que permite padronizar as técnicas radiológicas e de medicina nuclear seguindo as recomendações da Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP)(4), Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA)(5,6) e, ao mesmo tempo, respeitando as práticas adotadas e os recursos disponíveis no cenário regional. Contudo, não existem referências brasileiras para a área de Medicina Nuclear, o que pode favorecer a não padronização das técnicas, descontrole das exposições e incremento de riscos radiológicos associados aos procedimentos diagnósticos em Medicina Nuclear. Neste contexto, o principal objetivo deste estudo foi a elaboração de um DRL para pacientes adultos e pediátricos com base nos tipos de exames realizados, atividades administradas de radioisótopos, técnicas adotadas e parque de equipamentos de imagem disponíveis pela Medicina Nuclear no cenário brasileiro.