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Metástases pulmonares de um meningioma: uso da cintilografia com 111-Índio Octreotídeo

Introdução

Meningiomas são os tumores intracranianos mais comuns, abrangendo cerca de 13 a 19% dos tumores primários do sistema nervoso central, mas este número pode estar sendo subestimado uma vez que estes podem ser assintomáticos. São considerados tumores benignos de crescimento lento e insidioso, sendo pouco invasivos e tendo altas taxas de curas após ressecção cirúrgica. De acordo com World Health Organization (WHO), 94,3 % dos meningiomas são benignos com uma taxa de recorrência em cinco anos de 3%(1). Recorrências locais são facilmente diagnosticadas através de ressonância magnética (RM), contudo, o diagnóstico pode ser confundido com cicatriz pós-cirúrgica ou induzida por radiação(2). Mesmo benignos meningiomas podem, raramente, sofrer metástases. O local mais comum é o pulmão, dificultando o diagnóstico entre tumor primário pulmonar e metástases de outros tumores malignos(3,4).

As células dos meningiomas expressam o receptor de somatostatina tipo II (SSRT2). A cintilografia com Índio-111 Octreotídeo (111In-Oct) utilizando SPECT/CT tem se mostrado bastante útil ao oferecer informação complementar aquela obtida pela tomografia computadorizada (CT) ou pela RM para o diagnóstico local. Contudo, 111In-Oct SPECT/CT pode ser ainda útil para diagnósticos raros e complicados de lesões metastáticas extra-craniais(5,6,7). Reportamos um caso clínico que ilustra a aplicação da 111In-Oct SPECT/CT para diagnóstico de recorrência local associada a metástases pulmonares de um meningioma.