Introdução: As demências estão entre as patologias mais sérias e não podem ser confirmadas por meio de biópsia. O diagnóstico clínico é tardio e tem baixa sensibilidade para os outros tipos de demência que não a doença de Alzheimer (DA). Recentemente têm sido propostos novos critérios para o diagnóstico de DA baseados no conhecimento de neuroimagem e de outros biomarcadores. Existe na literatura médica um número substancial de trabalhos demonstrando a utilidade do PET no diagnóstico das demências. O PET cerebral pode ser interpretado por método visual, quantitativo ou semi-quantitativo. O método visual, mais comumente utilizado, é extremamente depende da experiência do observador e não existe uma distinção nítida entre o que é normal e os achados patológicos. Existe uma grande variabilidade na acurácia da detecção de demência entre observadores, sobretudo quando comparados “experts” com iniciantes.

Descrição: Foi realizada análise retrospectiva de PET/CT cerebral de pacientes encaminhados para avaliação de demência no período de 2007 a 2012, comparando interpretação visual com a interpretação visual + método semi-quantitativo (3D-SSP). Os resultados mostraram mudança significativa na identificação das diferentes áreas de vulnerabilidade, refletindo em maior sensibilidade e especificidade diagnóstica.

Discussão: O PET cerebral é sub-utilizado no nosso meio, mas existe um potencial a ser explorado. A maior disponibilidade de equipamentos de PET/CT e do 18F-FDG é uma realidade e a utilização de métodos semi-quantitativos permite que profissionais menos experientes tenham performance semelhante a “experts”. O PET pode trazer benefício para os pacientes através de intervenção farmacológica precoce, que leva a retardo na progressão da doença, aumento na qualidade de vida e prorrogação da necessidade de cuidados especiais.