PET-CT no diagnóstico de linfoma pancreático primário

XXVI Congreso Brasileño de Medicina Nuclear 11 de octubre al 14 de octubre de 2012 Salvador de Bahía, Brasil
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Introdução: Linfoma pancreático primário é um tumor extremamente raro (incidência menor que 1%) e tem como principal diagnóstico diferencial o adenocarcinoma pancreático. O manejo do paciente envolve quimioterapia, radioterapia e, em casos de doença localizada, cirurgia. Sabe-se que o FDG-18F é avidamente captado por linfoma, o que torna este estudo um excelente método para estadiamento e reestadiamento da doença.

Relato de caso: Relatamos o caso de paciente do gênero feminino, 61 anos, admitida na unidade de emergência queixando dor abdominal intensa, sobretudo na região epigástrica. Observou-se à tomografia computadorizada (TC) de abdome uma massa envolvendo corpo e cauda do pâncreas associada à linfadenomegalia retroperitoneal, o que levou à suspeita de adenocarcinoma pancreático metastático. A paciente foi encaminhada ao serviço de PET-CT após realização de biopsia guiada por TC para avaliação dos achados. As imagens de PET-CT evidenciaram captação intensa do FDG-18F pela massa pancreática e linfadenomegalias retroperitoneais confluentes circunjacentes a outras estruturas, configurando padrão sugestivo de linfoma, confirmado pelo laudo da biopsia (linfoma não-Hodgkin de células B).

Discussão: O linfoma pancreático primário corresponde a 1-2% dos tumores pancreáticos malignos e tem como principal subtipo o linfoma não-Hodgkin de células B. O diagnóstico diferencial com outros tumores pancreáticos é usualmente difícil e o seu padrão circunjacente não exclui o diagnóstico de adenocarcinoma. O PET-CT é considerado o exame de escolha no estadiamento e seguimento da doença de Hodgkin e quase todos os linfomas não-Hodgkin. A biopsia é necessária para o diagnóstico definitivo, entretanto o padrão característico de captação do FDG-18F foi importante para o manejo da paciente até a confirmação da patologia.