Introdução: O número de aplicações clínicas para a PET/CT continua crescendo, particularmente no campo da oncologia, além da cardiologia e neurologia. Em paralelo, o número de serviços que dispõem desta tecnologia no Brasil tem crescido rapidamente. Como em qualquer técnica da imagenologia, há um grande número de padrões de imagens normais e anormais que necessitam ser identificados, a fim de evitar erros de interpretação, o que podem gerar falsos positivos ou negativos. Existem vários tipos de artefatos relatados na literatura, principalmente os relacionados com a injeção do radiofármaco, materiais atenuantes, movimentação do paciente ou com o desempenho do equipamento. Existem ainda artefatos não descritos que são próprios dos equipamentos combinados PET e CT, principalmente aqueles relacionados com a correção de atenuação, que traz vantagens na precisão diagnóstica quando utilizada de maneira consistente.

Objetivos: Descrever artefatos típicos e atípicos encontrados na rotina clínica do sistema PET/CT e classificá-los de acordo com os princípios de sua geração, suas causas e medidas para evita-los ou corrigi-los. Materiais e métodos Os artefatos observados em nossa rotina clínica foram analisados por uma equipe multidisciplinar de físicos, médicos e engenheiros; e classificados de acordo com suas causas, bem como sua influencia no diagnóstico. Alguns destes padrões foram obtidos e/ou confirmados com o uso de simuladores específicos para avaliar o desempenho do equipamento.

Resultados: As principais fontes de erros foram relacionadas principalmente com as injeções de radiofármacos, materiais atenuantes, movimentação do paciente ou com o desempenho do equipamento. Os padrões de artefatos típicos e atípicos são apresentados e classificados. Conclusão Alguns artefatos têm sido relatados na literatura. Para alguns profissionais experientes, muitos destes achados comuns não são clinicamente significativos. Entretanto, os padrões atípicos podem ser um desafio. Suas causas são muito variadas, mas sua ocorrência pode ser reduzida através de treinamentos específicos e orientados para cada profissional envolvido; orientações e preparos cuidadosos aos pacientes; como também através de uma análise criteriosa das imagens, incluindo a observação das imagens de PET com e sem correção de atuação; além da implementação de outros parâmetros de garantia da qualidade, incluindo uma avaliação rigorosa dos testes periódicos de controle de qualidade. Desta forma, é importante que todas as etapas no processo de avaliação destes sistemas sejam verificadas minuciosamente, minimizando a probabilidade de falsas interpretações clínicas.