Proposta de uma forma mais adequada para o uso do dosímetro pelos ioes nos serviços de medicina nuclear durante o período de utilização do avental plumbífero

XXVI Congreso Brasileño de Medicina Nuclear 11 de octubre al 14 de octubre de 2012 Salvador de Bahía, Brasil
Publicidad

Introdução: A detecção e medida das radiações são fundamentais para a Proteção Radiológica, tanto para obtenção de medidas precisas quanto a avaliação do grau de risco envolvido em atividades com exposições à radiação. As radiações ionizantes não podem ser percebidas diretamente pelos órgãos dos sentidos do corpo humano; por isso, um indivíduo pode permanecer inadvertidamente num campo radioativo sem notar a sua presença, nem perceber de imediato seus efeitos nocivos. A proteção radiológica dispõe de vários recursos para evitar que os indivíduos recebam doses excessivas ou desnecessárias, e avalia se esses recursos foram eficientes por meio da monitoração. Os dosímetros são os instrumentos utilizados para esta prática e, indicam a exposição ou a dose total que uma pessoa foi submetida. A monitoração individual externa tem como objetivo a obtenção de dados para avaliar as doses equivalentes recebidas pelo corpo inteiro, pela pele ou pelas extremidades, quando o indivíduo é irradiado externamente. Nesta monitoração, dosímetros individuais são colocados em determinadas regiões do corpo e são utilizados continuamente pelo indivíduo, durante o seu trabalho. Nos procedimentos onde são utilizados os aventais plumbíferos, Os IOEs, não contam com uma norma ou especificação recomendada pela CNEN, apenas, a portaria 453 da ANVISA refere-se que este dosímetro deve ser colocado sobre o avental, aplicando-se um fator de correção de 1/10 para estimar a dose efetiva.

Objetivo: Avaliar a eficácia dos aventais plumbíferos e, propor a melhor forma de utilização dos dosímetros usados pelos IOEs nos Serviços de Medicina Nuclear.

Materiais e Métodos: Durante o estudo foram utilizados dois aventais novos, com 0,5mm de Pb, com dois dosímetros(TLD) em cada avental, sendo um na parte interna e outro na parte externa. Foram escolhidos quatro trabalhadores em dois serviços diferentes para usarem durante um ano estes EPIs na sua rotina de trabalho. Estes dosímetros foram fornecidos pelo Serviço de Monitoração Externa do IRD/CNEN, onde também foram feitas as respectivas leituras. Estes aventais foram radiografados periodicamente para a detecção de possíveis danos causados pelo mau acondicionamento dos mesmos.

Resultados: A razão entre a leitura das taxas de exposição indicadas em cada dosímetro, medidas externamente e internamente em quatro medições durante um ano, para cada avental nos dois serviços foram em média, respectivamente: 2,05±0,24 e 2,96±0,29. As radiografias comprovaram deslocamento do chumbo para a parte inferior do avental, e várias rachaduras onde se fazem as dobras. Conclusão: Estes dados comprovam que a metodologia utilizada pelos Serviços de Monitoração Externa, que cumprem recomendação da ANVISA, usando o fator de correção de 1/10 para estimar a dose efetiva, deve ser revista.