Valor da cintilografia de perfusao miocardica na investigação de isquemia em pacientes assintomaticos portadores de insuficiência renal cronica.

XXVI Congreso Brasileño de Medicina Nuclear 11 de octubre al 14 de octubre de 2012 Salvador de Bahía, Brasil
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Introdução: já é conhecido que a doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de mortalidade em pacientes (p) portadores de insuficiência renal crônica (IRC). Estudos sugerem que a detecção precoce seguida por manuseio clínico adequado melhoram a sobrevida. Infelizmente, ainda não é estabelecido que portadores de IRC devam realizar de forma sistemática uma investigação precoce de isquemia e nem qual portador de IRC deveria ser avaliado. O valor diagnóstico da cintilografia miocárdica (CM) na investigação de isquemia já está estabelecido.

Objetivos: verificar a prevalência de alterações da perfusão miocárdica sugestivas de isquemia e fibrose em portadores de IRC não-dialítica, assintomáticos do porto de vista cardiovascular pela cintilografia de perfusão miocárdica (CM).

Métodos: foram avaliados prospectivamente pela CM com dipiridamol, 118 p assintomáticos, consecutivos, acompanhados por serem portadores de IRC não-dialítica entre 08/2009 e 08/2010. Nenhum era portador de DAC conhecida, sendo 80p do sexo masculino e com média de idade igual a 59 anos, 95% hipertensos, 40% diabéticos, 70% dislipêmicos e 50% tabagistas. A CM foi realizada pela técnica padrão de gated-SPECT sendo que todos realizam estímulo farmacológico com dipiridamol. Considerou-se presença de isquemia e fibrose se hipocaptação reversível e fixa do radiofármaco após o estresse farmacológico. Verificando-se, ainda, a magnitude dos achados perfusão se > ou < que 10%. Avaliaram-se, por regressão logística alguns fatores que poderiam estar associados à presença de alterações da perfusão neste grupo. A análise estatística foi realizada pelos testes do qui-quadrado de Pearson, T de Student e teste de Mann-Whitney, sendo considerados significativos valores de p 0,05.

Resultados: alterações na CM foram encontradas em 50 (42%)p, sendo que na análise dos fatores associados à maior extensão das alterações perfusionais o unico que mostrou-se signitivamente associado foi a presenca de diabetes, p=0,006.

Conclusão: os resultados obtidos sugerem, no grupo estudado, elevada prevalência de alterações da perfusão miocárdica em portadores de IRC não-dialítica mesmo sem sintomas CV. A CM sob estímulo farmacológico com dipiridamol mostrou-se de grande valor na avaliação deste grupo de pacientes. Diabetes foi, no grupo estudado, a unica variável associada com maior magnitude de alterações da perfusão.