Avaliação da aplicabilidade do esforço isométrico na etapa de esforço farmacológico da cintilografia de perfusão miocárdica

XXVI Congreso Brasileño de Medicina Nuclear 11 de octubre al 14 de octubre de 2012 Salvador de Bahía, Brasil
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INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares é uma das principais causas de óbito em todo o mundo. A cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) é um método diagnóstico não invasivo de essencial importância no manejo de pacientes coronariopatas, sendo procedimento mais prevalente na Medicina Nuclear. Permite avaliar o aporte sanguíneo para o músculo cardíaco, identificando isquemias e infartos, informações funcionais do ventrículo esquerdo, como fração de ejeção, motilidade e espessamento de paredes. A etapa de esforço da CPM pode ser realizada de duas maneiras: esforço físico em esteira ergométrica ou esforço farmacológico por administração venosa do Dipiridamol ou Adenosina. O esforço físico é o método de escolha, pois oferece informações quanto sintomas do paciente, capacidade funcional, análise ECG, resposta hemodinâmica e ainda proporciona melhor qualidade da imagem, visto maior absorção do Sestamibi-99mTC pela musculatura esquelética. O esforço farmacológico é utilizado quando pacientes apresentam limitações ortopédicas ou quando o exercício é contra indicado. O radiofármacos apresenta extração de primeira passagem pelo miocárdio inferior a 2% da dose, apresentando como principal via de eliminação o sistema hepatobiliar. No esforço farmacológico o radiofármaco apresenta pouca ou nenhuma absorção musculoesquelética elevando a concentração precoce do material no fígado e consequente aumento no intervalo entre injeção e aquisição da imagem. Acredita-se que o exercício isométrico com as mãos durante o esforço farmacológico pode elevar a atividade musculoesquelética, melhorar a qualidade da imagem cardíaca, reduzir os sintomas característicos do medicamento e obter melhor confiabilidade diagnóstica em menor tempo.

OBJETIVOS: Avaliar a aplicabilidade do esforço isométrico na etapa do esforço farmacológico da CPM, visando a melhoria da imagem cintilográfica. Analisando a redução do intervalo entre injeção e imagem, maior concentração do radiofármaco em musculatura esquelética e melhor relação alvo-fundo.

CASUÍSTICA E MÉTODOS: O estudo consiste em analisar etapa de esforço farmacológico de 90 CPMs. Sendo 60 sem a realização do esforço isométrico e 30 com a realização do esforço isométrico durante a infusão venosa do dipiridamol até a infusão do Sestamibi-99mTc (dose de 25 a 30mCi), totalizando 7 minutos. A dose do dipiridamol foi de 0,56mg/kg. Para a realização do esforço isométrico, foram utilizadas duas bolas fisioterápicas, uma em cada mão. Todas as CPM foram realizadas em duas etapas: repouso e esforço. O intervalo de espera entre injeção e aquisição da imagem variou de 1 a 2 horas.

RESULTADOS E CONCLUSÕES: Os resultados preliminares com esforço isométrico durante esforço farmacológico apontam melhor relação alvo-fundo nas imagens adquiridas. Observou-se também menor intervalo entre injeção e imagem por aumento no tempo de eliminação hepatobiliar, com melhora do campo de visão do miocárdio livre, otimizando o processamento das imagens e acurácia diagnóstica.