Valor da PCI pré-iodoterapia no manejo de pacientes com carcinoma diferenciado da tireoide

XXVI Congreso Brasileño de Medicina Nuclear 11 de octubre al 14 de octubre de 2012 Salvador de Bahía, Brasil
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Introdução: O tratamento do carcinoma bem diferenciado de tireoide (CDT) envolve tireoidectomia total ou subtotal, seguida de ablação de tecidos remanescentes ou de tecido metastático com 131I, sob estímulo endógeno ou exógeno do TSH. A terapia com 131I é específica e efetiva, uma vez que a vasta maioria dos CDT é iodoconcentrante, além de permitir a realização da cintilografia para pesquisa de corpo inteiro (PCI) com 131I, após a dose terapêutica. Já a realização da PCI antes da dose terapêutica é controversa. Nos pacientes em tratamento e acompanhamento de carcinoma diferenciado de tireoide, a realização de uma PCI pré-ablação ou terapia de metástases com 131I pode ter importância prognóstica, e mudar a conduta, quando a dose terapêutica de 131I é determinada a partir dos sítios de acometimento pela doença.

Objetivo: Este trabalho visa avaliar o impacto da PCI pré-DT, comparando a dose prescrita baseada somente em informações clínicas com a dose prescrita baseada nas informações clínicas associadas aos achados de PCI pré-DT.

Casuística: Foram acompanhados 109 pacientes com diagnóstico prévio de CDT, de novembro de 2010 a março de 2012, em programação de iodoterapia, sendo registrado o estadiamento TNM dos doentes, resultados de ultrasonografias e tomografias computadorizadas, e feitas as dosagens de TSH, Tg e Anticorpo anti-Tg antes e após o tratamento. Foram comparadas as doses de radioiodo prescritas para cada paciente, antes do conhecimento dos achados da PCI pré-DT, com aquelas que foram ajustadas de acordo com os resultados da PCI pré-DT e efetivamente administradas. Os pacientes também foram submetidos à PCI pós-DT, no seguimento.

Resultados e Conclusões: Dos 109 pacientes submetidos à PCI pré-DT, em 89 deles (81,65%) a dose inicialmente prescrita foi mantida. Para os 20 (18,35%) restantes, houve modificação da dose. Em 6 (5,50%), a dose foi reduzida, e em 14 (12,85%), aumentada. Concluímos, portanto, que deve ser considerada a realização da PCI pré-DT nos pacientes em tratamento para CDT, quando a dose de 131I é baseada nos sítios de doença pois há mudança de conduta em cerca de 18% dos pacientes.